terça-feira, 31 de julho de 2012

Lula declara que eleição de Carlos Grana é prioridade


Candidato a prefeito de Santo André pelo PT, o deputado estadual Carlos Grana saiu satisfeito e animado do encontro que teve como o ex-presidente Lula ontem em São Paulo. O ex-chefe da nação voltou a dizer que a eleição de Grana é prioridade este ano.

"Fiquei feliz com a declaração do Lula. Ele disse, olhando nos meus olhos, que muito em breve estará em Santo André para me apoiar porque eu sou uma das prioridades dele no Brasil, e não apenas em São Paulo", afirmou Grana, que no evento esteve acompanhado pelo presidente municipal do PT, Luiz Turco.

Lula recebeu, no Hotel Mercure, na capital paulista, candidatos a prefeito de cidades com mais de 150 mil eleitores consideradas prioritárias pelo PT. Ao todo, 118 prefeituráveis ao encontro."É um privilégio ter a amizade do companheiro Lula e poder contar com a força política daquele que foi o maior presidente da história do país. O Lula será nosso eterno presidente.", declarou Grana.

Reurbanização
Grana declarou na última semana que irá retomar os projetos de reurbanização de núcleos e de regularização fundiária, iniciados pelos governos petistas.

“Há muita pendência na cidade. Quando o atual prefeito assumiu, ele prometeu dar continuidade aos bons projetos do PT, mas isso não ocorreu. E a regularização fundiária é um dos exemplos bem-sucedidos das gestões petistas, pois mexe diretamente com a vida das pessoas”, disse Grana, no Parque João Ramalho.

Fonte: Jornal ABC Repórter

Lula deve vir a Mogi apoiar petista

O candidato a prefeito pelo PT, o advogado Marco Soares, saiu “otimista” do encontro que teve na manhã de segunda-feira (30) em São Paulo, com o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse que está praticamente certa a vinda do petista a Mogi das Cruzes para manifestar publicamente o apoio ao seu nome.

Depois do café, Soares disse que conseguiu manter uma conversa rápida com o ex-presidente. “Conversamos sobre a campanha, o cenário político da Cidade e a importância da vinda dele a Mogi, que vai ser decisiva no processo eleitoral da Cidade”, afirmou. Soares disse que a agenda deverá ser confirmada depois do dia 6 ou 7 de agosto, quando Lula realizará os últimos exames médicos para confirmar sua cura contra um câncer na laringe.

O petista mogiano acredita que a cidade vai ser uma das escolhidas pelo ex-presidente em função da proximidade com a capital e da importância e desenvolvimento social e econômico.


Fonte: com informações de O Diário de Mogi

Eleições 2012 - Carlos Zarattini SP I

Eleições 2012 - Carlos Zarattini SP II

Campanha nas ruas e nas redes sociais #Eleições2012 #RedePT13

Eleições 2012 - Carlinhos Almeida SP

Petistas repudiam tentativa de intimidação a blogs por parte de Serra

Jilmar Tatto, líder do PT na Câmara e o deputado André Vargas (PT-PR) - Fotos: Arquivo/PT



Integrantes da Bancada do PT na Câmara repudiaram a tentativa de intimidação a alguns blogs por parte de José Serra, candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo (SP)


A ação do tucano se concretizou através de representação junto ao Ministério Público, que foi acionado pelo PSDB, na última segunda-feira (23), para investigar o patrocínio de empresas estatais do governo federal a alguns blogs que Serra considera “sujos”.
Segundo Serra, o PT organiza uma “tropa de assalto na Internet” e comparou os blogs à SA Nazista (milícia paramilitar que atacava inimigos de Hitler), em declarações feitas ao jornal O Estado de S.Paulo. Dentre os blogs citados pelo tucano figuram o “Conversa Afiada”, do jornalista Paulo Henrique Amorim, e o blog do jornalista Luís Nassif.
Parlamentares petistas condenaram com veemência a postura do PSDB. “O Serra ficou gagá. Ele passa 24 horas por dia pensando maldade e agora está mais uma vez querendo censurar a imprensa que o critica. Mas a população de São Paulo, especialmente a juventude, já percebeu que ele não tem propostas, não tem argumentos, daí o desespero que ele tem demonstrado”, criticou o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP).
Na opinião do deputado André Vargas (PT-PR), que é o Secretário Nacional de Comunicação do PT, o ataque de Serra é algo previsível. “Ele sempre fez isso. Intimidava jornalistas nas redações e agora está tentando intimidar os blogs. É um comportamento autoritário tradicional dele”, disse Vargas.
Para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), o gesto de Serra merece ser repudiado. “Trata-se de um gravíssimo atentado à liberdade de imprensa e não podemos permitir isso”, resumiu Teixeira.
Já o deputado Dr. Rosinha (PT-PR) lembrou que não é a primeira vez que José Serra toma esse tipo de atitude. “Esta foi a prática dele quando candidato a presidente em 2010. Além de atacar os blogs que difundiam críticas às suas ideias e atitudes, criou um grupo para espalhar várias mentiras e calúnias contra a então candidata Dilma Rousseff. Essa representação é uma ameaça à liberdade de pensamento e não pode ser tolerada”, afirmou Rosinha.
A deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP) considera que “do Serra podemos esperar tudo”. Na opinião da parlamentar, o tucano está “ultrapassado” e por isso tomando essa medida antidemocrática e policialesca. “A grande mídia brasileira, via de regra, atua como um partido. E os blogs e redes sociais são uma forma de se divulgar outro ponto de vista, alternativo aos grandes meios. Em São Paulo, como Serra é blindado pela grande mídia, que o defende sistematicamente, essa tentativa de intimidação é uma forma de ele garantir a voz única a seu favor no estado”, avalia Janete.
Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), a representação de Serra equivale a uma “tentativa de censura prévia que visa impedir a livre manifestação de opinião”. Entretanto, Zarattini crê que isso terá um impacto negativo para o tucano. “Esse gesto vai mostrar mais uma vez a faceta autoritária de José Serra e reverterá na sua reprovação por parte da população”, projeta Zarattini.
Patrocínio aos ataques
André Vargas lembrou que o governo de São Paulo, comandado pelos tucanos desde 1995, tem o hábito de patrocinar, com a compra de grande quantidade de assinaturas, sem licitação, a Editora Abril e os jornalões do estado. “O PSDB usa o governo do estado para patrocinar os ataques da imprensa ao PT, enquanto nós queremos o livre debate. Mas são estas pessoas, como Serra, que sempre tentam estigmatizar o debate sobre regulação da mídia e não nos permitem avançar como outros países avançaram”, afirmou o paranaense.
(Rogério Tomaz Júnior, site da Liderança do PT)

Lula faz sessão de fotos com 118 candidatos




Lula deve ir a cidades prioritárias quando ganhar a aprovação dos médicos. A expectativa dentro do partido é que ele suba ao palanque a partir do dia 6 de agosto, quando deve fazer novos exames no hospital Sírio-libanês.
Por Carta Maior
Segunda-feira, 30 de julho de 2012

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe nesta segunda-feira (30) candidatos a prefeito para tirar fotos que serão usadas na campanha eleitoral. Foram convidados 84 petistas e mais 34 candidatos apoiados pelo PT de cidades com mais de 150 mil eleitores. Eles devem tomar um café da manhã com o presidente e em seguida serão fotografados no estúdio montado em um hotel da zona sul da capital paulista.

Lula passa por um tratamento para curar um câncer na laringe diagnosticado no ano passado. O ex-presidente está livre do tumor, mas os médicos consideram um paciente “curado” do câncer após cinco anos de remissão da doença. Devido à saúde debilitada, a presença de Lula ao lado da maioria dos candidatos deve se resumir à foto tirada e a filmagens onde ele aparecerá cumprimentando os petistas.

A seção de fotos não dá conta da demanda de todos os candidatos. Segundo reportagem do portal iG, mais de 300 requisitaram ao PT a presença de Lula na campanha.

Lula deve ir a cidades prioritárias quando ganhar a aprovação dos médicos. A expectativa dentro do partido é que ele suba ao palanque a partir do dia 6 de agosto, quando deve fazer novos exames no hospital Sírio-libanês.

Devido ao tratamento, o ex-presidente não deve fazer caminhadas junto a eles. Também deverá ser montado um estúdio no instituto Lula para que o presidente possa fazer filmagens sem grande esforço.

Hospitais de Kassab ainda estão em ruínas




Para agilizar o processo, a Prefeitura decidiu reformar hospitais desativados, porém os prédios escolhidos pela administração pública estão em péssimas condições. Segundo especialistas, a desapropriação, a reforma e a instalação de equipamentos serão finalizadas em, pelo menos, três anos. Os imóveis ainda estão em fase de desapropriação, processo que pode durar até um ano. A inauguração das unidades ficará, portanto, para o próximo prefeito.
Por Fabiano Nunes - Jornal da Tarde
Segunda-feira, 30 de julho de 2012

Teias de aranha, goteiras, infiltrações, falta de equipamentos, nada que lembre um ambiente hospitalar. Assim estão os prédios onde a gestão Gilberto Kassab (PSD) promete inaugurar três novos hospitais até o fim deste ano. Dificilmente o prefeito terá tempo de cumprir a promessa de entregar 175 novos leitos antes que seu mandato termine, em 31 de dezembro.

Para agilizar o processo, a Prefeitura decidiu reformar hospitais desativados, porém os prédios escolhidos pela administração pública estão em péssimas condições. Segundo especialistas, a desapropriação, a reforma e a instalação de equipamentos serão finalizadas em, pelo menos, três anos. Os imóveis ainda estão em fase de desapropriação, processo que pode durar até um ano. A inauguração das unidades ficará, portanto, para o próximo prefeito.

Como a Prefeitura não conseguiu emplacar a parceria público-privada (PPP) avaliada em R$ 6 bilhões para a construção de três unidades – a PPP foi adiada pela 14.ª vez no início do ano –, o plano é adaptar imóveis existentes no Carrão, na zona leste, Capela do Socorro, na zona sul, e Freguesia do Ó, na zona norte. De acordo com a Prefeitura, para acelerar a implantação, o objetivo é aproveitar as estruturas que já foram, em algum momento, hospitais.

No prédio escolhido na Freguesia do Ó, na Avenida Itaberaba, por exemplo, funcionava uma unidade do supermercado Dia. O imóvel está fechado há cerca de seis meses. “Esse prédio é muito velho e está em um terreno acidentado. Chegou a ser um hospital, há cerca de 15 anos. Agora, precisará de uma boa reforma”, lembra o comerciante Sidnei Ramiro, de 46 anos, dono de um estacionamento ao lado do imóvel.

A reforma dos prédios será custeada pela Secretaria Municipal da Saúde, mas a administração dos equipamentos deverá ser repassada a uma Organização Social (OS). Para o coordenador da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, um dos idealizadores do plano de metas, a administração pública terá dificuldades para cumprir a promessa. “É preciso reformar os prédios, contratar profissionais, equipar o imóvel. Se a Prefeitura tivesse corrido atrás logo no início da gestão, hoje teríamos três novos hospitais em regiões que são carentes desse atendimento”, afirma Grajew.

É o caso dos moradores da Capela do Socorro, na zona sul, uma das regiões mais carentes da cidade em equipamentos de Saúde. “O Hospital mais próximo é o do Grajaú. Seria fantástico ter uma nova unidade aqui”, afirma o aposentado José Rogério Viana, de 71 anos. Ele mora em frente ao prédio escolhido para ser reformado. “Aqui já funcionou um hospital, depois virou escola. Mas o imóvel está fechado há 14 anos e foi todo depredado”, completa.

No local sobrou um esqueleto de tijolos à vista. Pouco poderá ser reaproveitado do antigo hospital. Janelas foram retiradas e as que ficaram estão com os vidros quebrados. Peças, portas e azulejos foram saqueados e as paredes estão com várias infiltrações. A capital tem ao menos 20 hospitais inativos, de acordo com estimativas do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp).

Haddad fala ao 247: "Serra foi um não prefeito"


Ao 247, candidato Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo finalmente abre baterias contra adversário tucano; “Serra precisa de um 0800 para governar a cidade, não tem vontade nem vocação, só terceiriza”, disparou; o postulante do PT não se preocupa com seus atuais 7% no Datafolha; “quem deve estar preocupado é ele, com rejeição de 37%”; leia entrevista
Por Marco Damiani e Leonardo Attuch - Brasil 247 
Segunda-feira, 30 de julho de 2012

Minutos depois de chegar de uma caminhada pela populosa rua 25 de março, no centro de São Paulo, onde, no passado, trabalhou no balcão da loja de tecidos de seu falecido pai, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo parecia cansado. Fernando Haddad, afinal, vem cumprindo uma agenda de quem corre atrás. Ele já andou por todos os bairros da capital, faz diariamente corpo a corpo com eleitores e passa horas a fio, fiel ao cacoete de professor universitário, mergulhado em estatísticas sobre os problemas paulistanos. Não teve mais nenhum fim de semana livre. No entanto, para muitos, seus índices de intenção de voto não correspondem ao esforço: na mais recente pesquisa Datafolha, marcou apenas 7% de preferências.
“Encaro minha posição atual nas pesquisas com naturalidade”, iniciou Haddad ao 247, em seu gabinete na sede do diretório municipal do PT, onde figura na parede um enorme mapa da cidade de São Paulo. “Quatro anos atrás, a esta altura da eleição, o Kassab tinha apenas 8 pontos no Ibope e 11 no Datafolha. O que mudou foi o horário eleitoral na televisão”, lembra.

Quando a propaganda gratuita começar, em 21 de agosto, o candidato do PT aposta em quatro fundamentos para crescer. “Vou mostrar a minha biografia, as realizações dos governos Lula e Dilma, aos quais pertenci, quem são meus apoiadores e qual é o meu partido”, enumera. “Esse conjunto será muito forte a meu favor”.

ATAQUES A KASSAB - Nessa alquimia de crescimento, ao que se viu pela primeira vez nesta entrevista ao 247, entrará também a crítica mais dura à gestão de Gilberto Kassab na Prefeitura e disparos efetivos contra o candidato tucano José Serra. “Dependendo de como se entende esse pacto de não agressão firmado entre dois candidatos (o próprio Serra e Celso Russomano, do PRB, respectivamente o primeiro e segundo colocados no último Datafolha, com 30% e 26%), eu ‘tô’ dentro. Não estou na eleição para agredir ninguém”, explica Haddad. “Mas é óbvio que isso não significa abrir mão da crítica”.

E, finalmente, lá veio a crítica. “Hoje, no Brasil, poucos prefeitos gozam de tamanho desprestígio como Kassab. Ele fez uma gestão pífia na cidade. Nos últimos dez anos da prosperidade experimentada pelo País, São Paulo não aproveitou nada, parou no tempo e até andou para trás”, avalia Haddad. “Kassab tem pouca vocação para administrar, lhe falta visão estratégica para o planejamento urbano”. Ele tem usado esse discurso em suas andanças. “Quando falo com os eleitores, friso que a vida deles melhorou da porta de casa para dentro, com a melhor condição para a compra da própria casa e de uma série de bens. Mas da porta para fora, a vida dele piorou no transporte coletivo, na cidade mal cuidada, nos desperdícios que ocorrem na saúde municipal, enfim, em muitos aspectos”.

247 recordou a Haddad que o PT procurou o apoio de Kassab ao próprio Haddad. “O que houve de concreto foram dois fatos”, rebateu o candidato. “Kassab visitou o presidente Lula e manifestou interesse em nos apoiar, no caso de Serra não ser candidato”, disse. “Quanto a mim, eu sempre trabalhei com a hipótese de o Serra ser candidato, por isso nunca considerei seriamente o apoio de Kassab. Depois, quando ele apareceu, como cortesia, ao aniversário do PT, levou uma vaia estrondosa. Não sei se meus adversários vão querer usar aquela imagem, mas terão de dar o áudio também. Ficou claro, com a vaia, que ele não combina com a nossa militância. Não iria dar certo e eu nunca pensei nessa possibilidade”.

Nesse ponto, com vinte minutos de conversa, o petista já superava o cansaço e se aqueceu. “O horário político na televisão vai ajudar a população a entender porque São Paulo teve tanto piora em qualidade de vida. Serra, primeiro, e Kassab, em continuação, simplesmente não investiram na cidade”.
0800 PARA SERRA - Chegou o momento de falar sobre o líder nas pesquisas. “Para São Paulo, Serra foi um não prefeito”, diz Haddad. “Ele nem tentou governar, só atuou pensando na sua próxima eleição. Ele é outro que não tem visão metropolitana”, avança. “Para governar a cidade, Serra vai precisar de um 0800, para terceirizar tudo, porque não se interessa”. O ex-ministro da Educação é leitor assíduo dos artigos de José Serra no jornal O Estado de S. Paulo. “Nenhum dos textos deles fez referência a São Paulo. Zero. Ele só fala na questão nacional, que é apenas o que lhe interessa. Sobre a cidade cuja administração está em julgamento agora, nenhuma palavra”.

Haddad acha que o discurso miúdo será notado pelo eleitor. “São Paulo quer um prefeito que se interesse de verdade por sua cidade, não um prefeito que queira usá-la. Nossa cidade não merece isso. O que o paulistano quer é a retomada da condição de degustar a cidade, aproveitar a vida urbana, se encontrar aqui dentro. É para isso que as cidades existem, não para promover sofrimento, mas integração”.

FOTO PARA A HISTÓRIA – Haddad parece tranquilo diante de um assunto que já lhe rendeu muita dor de cabeça: o apoio do ex-governador Paulo Maluf, com direito a fotografia história nos jardins da mansão do procurado pela Interpol Dr. Paulo. “Desde que minha candidatura se consolidou, eu decidi que iria buscar o apoio dos partidos da base aliada do governo Dilma”, justifica, apontando para o fato de o PP de Maluf apoiar o governo federal. “Estava tudo certo, com data anunciada, para o PP apoiar o Serra, mas na véspera desse ato o ministro da Integração Fernando Bezerra me ligou e disse que via condições para o PP estar conosco. Esse contato evoluiu rapidamente e fechamos o acordo político, o mesmo que Serra queria fazer. Considero que agimos certo ao ter o apoio de mais um partido da base aliada, que tem em São Paulo Maluf como representante”.

- E o uso político que vai sendo feito da foto entre o sr., Lula e Maluf?

- Não me arrependo, ao contrário, fechamos uma aliança política às claras. O adversário queria ter feito o mesmo. Não cabe a mim avaliar se isso será usado na campanha.

"Desde que começou esse processo, tomamos a decisão de buscar o apoio da base aliada ao governo federal"

ERUNDINA E MARTA – Mesmo sem arrependimentos, o apoio de Maluf custou a Haddad a renúncia de sua vice Erundina. “Eu jamais cometeria a indelicadeza de não informar antecipadamente a ela sobre nossa conversa com o PP, mas ela preferiu sair. O que me conforta muito é que, depois da saída, Luiza disse que continuará apoiando a minha candidatura, inclusive com todo o seu grupo político. É isso o que importa”.

Sobre a senadora Marta Suplicy, o candidato diz que a liderança dela está preservada e todas as portas de sua campanha abertas para ela participar. “Marta já foi deputada, nossa candidata a prefeita duas vezes, foi pré-candidata ao governo e teve o apoio do partido em 2010 para a sua eleição ao Senado. Ela é uma liderança efetiva. Eu entrei na vida pública por uma atenção dela, quando fui trabalhar com o secretário de Finanças João Sayad”, elencou. “O convite foi dele, mas foi ela quem aceitou a minha presença. Fizemos um grande trabalho na reestruturação das finanças de São Paulo, que dá frutos até hoje. Neste momento, boa parte da equipe de Marta trabalha comigo. Então, quando quiser, ela tem todas as portas abertas para participar da nossa campanha”.

O PIOR E A MELHOR – Dos tempos de subsecretário de Finanças, Haddad tem lembranças fortes. A gestão dele sucedeu à administração do prefeito Celso Pitta. “Pisávamos em terra arrasada. Me lembro de ter verificado todas as contas correntes da Prefeitura e dizer ao Sayad, na primeira semana de governo, o quanto havia em caixa: 60 milhões de reais”, recorda, dando uma pequena risada. “Ora, numa cidade como São Paulo, isso não dá nem para uma semana”. Hoje, calcula o candidato do PT, o prefeito Kassab trabalha com cerca de R$ 8 bilhões entesourados. “Eles não investem, mas a saúde financeira da Prefeitura ainda é reflexo daquele trabalho de reestruturação que nós fizémos lá atrás”, reivindica Haddad.

- Quais foram o melhor e o pior prefeito que São Paulo teve em sua história?

- Porque vi de perto o tamanho do estrago, responde Haddad, Celso Pitta. Não sobrou nada para governar, foi preciso reconstruir tudo. Sobre o melhor, posso dizer que Marta foi uma boa prefeita. Ele fez uma gestão que terminou muito bem avaliada.

AÇÕES NO MINISTÉRIO – O candidato do PT vai colocar no caldeirão da campanha, é claro, suas realizações como ministro da Educação dos governos Lula e Dilma. “Aproveitei a oportunidade de participar de um momento de profunda transformação do Brasil”, diz ele. Orgulha-se, especialmente, da criação do Pró-Uni, o programa de bolsas de estudo em universidades particulares, e do Enem. “O Pró-Uni, que não existia, hoje já beneficiou um milhão e quarenta mil estudantes, o que é a população inteira de um pequeno país”, compara. “Ele melhorou a vida da nossa juventude, e isso me dá muito orgulho”. Quando ao Exame Nacional do Ensino Médio, apesar da repercussão negativa de dois episódios de vazamento de provas, é outra marca de gestão que pretende explocar. “O Enem está acabando com o fantasma do vestibular, é reconhecido nacionalmente. A seleção para o ensino superior ficou muito mais justa. No Rio de Janeiro, por exemplo, cinco universidades já não têm mais vestibular para, no lugar, classificar alunos apenas pelo Enem. Ele sem dúvida é uma vitória”.

LULA E DILMA – Como principais cabos eleitorais, Haddad confia no prestígio do ex-presidente Lula e no da presidente Dilma Rousseff. “Trabalhar com eles foi importantíssimo. Lula é um motivador, um animador que coloca o máximo de pressão por resultados em sua equipe. A presidente Dilma também tem essa característica. Eles mudaram o Brasil para melhor e estarão ao meu lado nessa campanha. Serão mais uma importante diferença a meu favor”.

São Paulo terá 31 Universidades Abertas, diz candidato do PT à prefeitura de São Paulo




Candidato afirma que programa terá uma unidade em cada uma das subprefeituras da capital
O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse neste domingo que, se eleito, implementará o programa Universidade Aberta em toda a capital paulista.
“Vamos fazer 31 Universidades Abertas, uma por subprefeitura, para o professor poder continuar seus estudos mesmo depois de formado”, disse o candidato, em referência ao programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), implementado por  Haddad durante sua gestão no Ministério da Educação (2005-2012).
As universidades abertas são pólos de educação para a formação continuada de professores que já atuam na educação básica mas não têm ensino superior e também para aqueles que já se graduaram. Alem disso, o programa oferece cursos para gestores e outros profissionais da rede pública de educação básica.
Carreata
Ainda na manhã deste domingo, Haddad participou de sua segunda carreata de campanha,  em um trajeto que percorreu os bairros de Itaquera, Guaianases e Cidade Tiradentes. 
Mais tarde, o candidato encontrou centenas de apoiadores na festa do Dia do  Motorista organizada pelo Sindicato dos Condutores no CMTC Clube, no bairro da Ponte Pequena.

Haddad quer ampliar Operação Delegada para combater violência




Para candidato, Prefeitura pode ajudar o governo do Estado a garantir a segurança da população
O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, propôs nesta sexta-feira (27) ampliar o alcance da Operação Delegada para combater o aumento da criminalidade na capital paulista. “A Operação Delegada precisa ser estendida, não deve ficar restrita ao que ela faz hoje, que é combater o comércio irregular”, disse Haddad. “No momento em que nós estamos vivendo uma situação de violência na cidade, (é preciso) sentar à mesa com o governo do Estado e repensar outras atividades para garantir a segurança da população”, afirmou o candidato.
“Eu sou a favor de uma reformulação ampliando as atividades da Operação Delegada”, disse Haddad, que lembrou ter uma boa relação com o governador Geraldo Alckmin desde quando era ministro da Educação.
A declaração foi dada pelo candidato após uma caminhada que reuniu centenas de apoiadores na região da Rua 25 de Março e do Parque Dom Pedro, principal polo de comércio popular da capital paulista.
Haddad ficou emocionado durante a visita, e lembrou-se de estabelecimento que seu pai teve na região. “Eu trabalhei aqui, meu pai teve loja por quase
20 anos, eu convivi com o comércio daqui o tempo todo”, afirmou Haddad.

Na zona sul, Haddad faz sua primeira carreata de campanha




Candidato percorreu trajeto de 12km nas regiões de Cidade Dutra e Grajaú acompanhando por centenas de militantes
O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, realizou neste sábado (28) a primeira carreata de sua campanha.
Acompanhado por centenas de apoiadores em dezenas de veículos, Haddad percorreu nesta manhã 12km de avenidas na região de Cidade Dutra e Grajaú, extremo sul da capital paulista.
"Estreamos hoje o nosso carro, e a partir do dia 6 de agosto o presidente Lula também estará aqui com a gente", afirmou o candidato, que fez o percurso em carro aberto - uma picape adaptada com quatro poltronas e teto de acrílico na parte traseira.
"Nós vamos entregar o hospital de Parelheiros, que foi prometido e não foi entregue", afirmou. "O que o PT promete, o PT cumpre, não é que nem essa administração que promete e não cumpre", disse.
O candidato fez o trajeto acompanhado dos vereadores petistas Alfredinho, Ítalo Cardoso e Arselino Tatto; de sua vice, Nádia Campeão; e de sua mulher, Ana Estela.

Fernando Haddad ganha mais domínios na internet




Campanha do PT à Prefeitura de São Paulo tem novos endereços eletrônicos
A campanha de Fernando Haddad ganha corpo também na internet e os domínios www.fernandohaddad.com.br, fernandohaddad13.com.br, haddad13.com.br, fernandohaddadpt13.com.br, haddad2012.com.br e haddadprefeito.com.br passaram a remeter o internauta ao site da campanha: pensenovotv.com.br.
Com destaque para o conteúdo audiovisual, o site da candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura utiliza animações e ferramentas interativas para conversar com a população paulistana, falar de suas propostas de governo e abordar a sua trajetória política.
Há ainda o Fala.SP, com vídeos de paulistanos apontando diversos problemas da cidade, e o Inspira.SP, com sugestões de paulistanos para mudanças urbanas no município, além do webjornal HoraH. Também estão ligados ao Pensenovotv redes sociais como facebook (facebook.com/fernandohaddad13), twitter (twitter.com/pensenovotv) e canal do youtube (youtube.com/pensenovotv) e o flickr (flickr.com/fernandohaddad13), com fotos das agendas do candidato do PT.

"Deitaço" ironiza guarda de Kassab e alerta para violência contra moradores de rua


Grupo teatral questionou política da prefeitura deitando nos mesmos espaços onde a população de rua é impedida de ficar pela Guarda Civil Metropolitana
Por Rede Brasil Atual
Quinta-feira, 26 de julho de 2012

Cerca de 60 pessoas realizaram, na tarde de hoje (26), uma manifestação exigindo o fim das ações violentas e da remoção forçada da população de rua, realizadas pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), estrutura de segurança da prefeitura de São Paulo. O grupo, que estava bem vestido, estendeu cobertores de feltro e se deitou na frente da Catedral da Sé, logo abaixo do Marco Zero. De acordo com os organizadores, o ato pretendeu questionar a diferença de tratamento dado ao povo de rua e aos `bem aparentados`.
As pessoas que passavam pela Sé olhavam com perturbação o grupo deitado. Gente tricotando, lendo, dormindo, com óculos escuros, de terno ou roupas sociais. Muitos paravam e perguntavam de que se tratava. Uma viatura da GCM passou pelo local, desviou do grupo e foi embora. Um grupo de policiais militares em uma base comunitária a poucos metros do local conversava tranquilamente. O ato foi organizado por um grupo teatral e convocou pessoas pelas redes sociais para participar da ação.

De acordo com a atriz Marina Tranjan, da Cia. Auto Retrato, a ideia de realizar a manifestação surgiu após o grupo presenciar uma abordagem violenta da GCM a moradores de rua, que tiverem seus pertences apreendidos. “Tomaram tudo deles, cobertor, mochila, documentos, mas a gente estava perto, com coisas espalhadas no chão, e não fomos perturbados”, diz. O grupo resolveu então procurar a Defensoria Pública para se informar sobre o que poderia fazer. E realizar intervenções de rua para provocar reflexão da população sobre o caso.

Algumas pessoas concordam com a ideia. Outras, nem tanto. Para a agente escolar Márcia Cristina, fazer ato na praça não vai mudar a vida da população de rua. “Devia ter uma lei que obrigasse os empresários a dar cursos e empregar as pessoas em situação difícil”, diz. Para Márcia, a questão é mais profunda e precisa ser tratada com mais seriedade do que encenações teatrais. Já a estudante de Direito Milena Tavares acredita que é importante grupos de pessoas fazerem ações assim e concorda que remover as pessoas não resolve o problema. “Precisa fazer alguma coisa, gerar emprego, moradia, pois ficar empurrando pra lá e pra cá só aumenta o problema.”

Marina esclarece que esta ação era meramente simbólica. “Os atos de rua procuram sensibilizar as pessoas para que denunciem abordagens truculentas contra a população de rua, que ajudarão a Defensoria a propor a ação”, complementa. O grupo pretende realizar outras ações na cidade e estabelecer parcerias com organizações de direitos humanos

Em 4 de julho, o promotor de direitos humanos do Ministério Público Estadual, Alexandre Marcos Pereira, denunciou que, sob ordens da prefeitura, a GCM tem cometido abusos em abordagens e que sua principal função é de expulsar os moradores de rua de áreas onde sua presença é considerada inapropriada. A ação exige uma indenização de R$ 20 milhões, cuja metade deve ser destinada para projetos de interesse social e metade para eventuais pedidos de indenização.

São Paulo terá mil novos leitos em hospitais, diz Haddad




Candidato petista afirmou que Prefeitura construirá três novos hospitais e 40 postos de saúde espalhados pela capital

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (26) que, se eleito, entregará mil novos leitos em hospitais de toda a capital paulista, além de 40 novos postos de saúde. “Nós vamos construir três novos hospitais - na zona norte, zona sul e zona leste, que terão ao todo entre 600 e 700 leitos”, disse. “E vamos chegar aos mil leitos ampliando o atendimento em outros hospitais municipais já existentes”, explicou.

O candidato participou nesta manhã de uma maratona de entrevistas nos estúdios da Rede Bandeirantes. Ele falou ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, à Rádio BandNews FM e ao canal por assinatura BandNews TV.
Haddad prometeu criar um plano de carreira para os médicos do município, além de trabalhar pelo aumento salarial da categoria.

“As pessoas dizem que falta médico, mas São Paulo tem médicos em níveis comparáveis a países europeus. Só que os médicos estão na iniciativa privada e trabalhando fora de São Paulo”, afirmou. “Por que não tem médico no serviço público? Porque a prefeitura desestruturou a carreira”.
O candidato admitiu estudar a possibilidade de ampliar o horário de atendimento das AMAs Especialidades (unidades de Assistência Médica Ambulatorial da prefeitura, que hoje atendem das 7h00 às 19h00) para 24 horas por dia, a exemplo do que já acontece nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento, de responsabilidade do governo federal).
Segurança

Haddad também afirmou que buscará uma parceria entre a prefeitura e o governo do Estado para combater o aumento da criminalidade na capital paulista. “O prefeito tem que fazer parceria com o governo do Estado, mesmo sabendo que o Estado é responsável pela segurança pública”, afirmou. “É preciso que o prefeito incorpore (medidas de combate ao crime), e não que se omita e diga que é problema do governo do Estado”, disse.
“Tem que ter Guarda Civil nos parques públicos, tem que colocar iluminação pública, implementar programas sociais”, afirmou Haddad. “Você não pode se intimidar diante dos territórios conflagrados. Você sabe onde o crime acontece. O prefeito tem que ter uma política de ocupar esses territórios”, disse.

As rejeições de Serra e Kassab


Pior para Serra foi o seu índice de rejeição chegar a 37%, o maior já aferido pelo Datafolha nesta eleição, aos quais devem ser somados os péssimos números obtidos pelo seu principal aliado, Gilberto Kassab, do PSD, na avaliação dos prefeitos.
Por Ricardo Kotscho - Blog Balaio do Kotscho
Quinta-feira, 26 de julho de 2012

Os candidatos dos dois maiores partidos de São Paulo, José Serra, do PSDB, e Fernando Haddad, do PT, vivem momentos bem distintos nesta etapa decisiva da campanha eleitoral.
Uma leitura mais cuidadosa mostra que as pesquisas do Datafolha publicadas neste final de semana só trouxeram números negativos para a campanha de Serra.

Empacado, desde que lançou sua candidatura, nos 30% de intenções de voto, o tucano viu Celso Russomanno, do PRB, subir para 26%, registrando o primeiro empate técnico.

Pior para Serra foi o seu índice de rejeição chegar a 37%, o maior já aferido pelo Datafolha nesta eleição, aos quais devem ser somados os péssimos números obtidos pelo seu principal aliado, Gilberto Kassab, do PSD, na avaliação dos prefeitos.

Kassab foi reprovado na pesquisa, com nota 4,4, a mais baixa entre os prefeitos das principais capitais do país. O seu índice de ruim e péssimo alcançou 39%, dois pontos a mais do que a rejeição de Serra. Estes números explicam porque 72% dos eleitores paulistanos declararam que não votarão em candidato apoiado pelo prefeito Gilberto Kassab.

Resta saber quem puxa quem para baixo e quem faz subir a rejeição, já que a propaganda tucana quer focar na continuidade da administração Serra-Kassab, iniciada em 2005.

Estacionado nos 7% de intenção de votos e com 12% de rejeição, o petista Fernando Haddad teve finalmente uma boa notícia nesta segunda-feira: a volta ao jogo do seu principal cabo eleitoral, o ex-presidente Lula, depois de tirar duas semanas de férias para se recuperar das sequelas deixadas pelo tratamento contra o câncer na laringe.

Lula ainda vai fazer novos exames no próximo dia 6 e, só depois disso, se for liberado pelos médicos, poderá se engajar de vez na campanha de Haddad, o principal trunfo do PT para tornar seu candidato mais conhecido da população.

Embora sua candidatura tenha sido lançada por Lula no segundo semestre do ano passado, 45% dos eleitores paulistanos ainda não sabem quem é Haddad e nem ligam seu nome ao PT, ao ex-presidente e à presidente Dilma Rousseff, que ainda não entraram na campanha.

Foi exatamente em razão deste desconhecimento que Russomanno cresceu como o principal candidato anti-Serra. Os números da pesquisa mostram que 27% dos petistas declararam voto no candidato do PRB, enquanto apenas 15% identificaram Haddad com o partido.

De olho neste indicador, José Serra já propôs um pacto de não agressão com Russomanno em reunião promovida no apartamento de Gilberto Kassab, com a participação de Marcos Pereira, presidente nacional do PRB, segundo matéria publicada hoje pelo "Estadão".

Para os tucanos, o papel de Russomanno é importante neste momento para segurar o crescimento de Haddad - previsto por todos os partidos quando a campanha começar para valer -, já que ele navega bem no eleitorado petista.

O problema é saber o que o candidato da coligação PRB-PTB ganharia com este chamado pacto de não agressão, se ele é o candidato que até agora melhor conseguiu encarnar a oposição à dupla Serra-Kassab.

Se o bom senso recomenda que Serra esconda Kassab na campanha, como fez com Fernando Henrique Cardoso nas eleições presidenciais de 2002, de outro lado Fernando Haddad também tem probemas na área dos apoios que só tiram votos: segundo o Datafolha, 77% dos eleitores declararam que não votam em candidato apoiado por Paulo Maluf, o novo queridinho do PT.

Numa campanha em que os marqueteiros tomaram o lugar das lideranças políticas, os valorizados publicitários tucanos e petistas devem estar quebrando a cabeça para ver como poderão reverter os números do Datafolha nos dois meses e pouco que faltam para as eleições.

Uma coisa é certa: não será apenas com o slogan do "homem novo" que o PT conseguirá dar uma cara à candidatura de Fernando Haddad, nem é fazendo seu candidato andar de bicicleta e quase cair de um skate que os tucanos diminuirão a rejeição a José Serra.

O que as pesquisas também deixam evidente é que Lula não faz falta só na campanha do PT em São Paulo, mas em todo o país. Nas principais capitais pesquisadas, o PT só lidera no Recife.

Como a presidente Dilma Rousseff já anunciou que não pretende se envolver na campanha eleitoral, com exceção de algumas incursões em São Paulo e Belo Horizonte, mais do que nunca o PT depende da saúde do ex-presidente Lula.

São Paulo precisa de investimento público em habitação




O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo criticou o baixo investimento público na cidade e a baixa produção de moradia popular
São Paulo tem, aproximadamente, 500 mil moradias precárias. A atual gestão construiu cerca de 15 mil unidades habitacionais em quase oito anos. Neste ritmo, seriam necessários mais de 250 anos para se zerar o déficit de moradias na capital. Esta foi uma das constatações feitas pelo candidato do PT à Prefeitura de São Paulo Fernando Haddad, durante sua participação no ciclo de debates “A engenharia e a cidade”, promovido pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo.
“Vivemos o pior momento na produção de moradias populares na história da cidade de São Paulo. Não podemos falar em meio ambiente sem pensar na questão habitacional, pois temos milhares de moradias sem acesso a saneamento, coleta de lixo e áreas verdes”, comentou Haddad.
Sobre investimentos em geral, Haddad disse que o Rio de Janeiro hoje investe mais em obras públicas do que a capital, apesar do maior Orçamento paulistano. "Todos os empresários de obras públicas são capazes de atestar isso. Há muito orçamento, mas pouca obra", disse.
Depois do evento no Sindicato dos Engenheiros, Haddad fez caminhada na avenida Rio Pequeno, região do Butantã (zona Oeste). “Um dos maiores problemas dessa região da cidade é a habitação. O Jardim Jacqueline, por exemplo, precisa de regularização fundiária e uma questão dessas depende de ações do Poder Público municipal”, disse.

Justiça suspende licitação para abrigos de ônibus em SP




A Justiça de São Paulo suspendeu uma licitação de R$ 540 milhões, lançada pela administração do prefeito Gilberto Kassab, para a instalação, manutenção e conservação de abrigos de ônibus. A licitação prevê que a empresa ou o consórcio escolhido vai ter a concessão do serviço público pelo prazo de 25 anos. A decisão que anulou a concorrência é da 8ª Vara da Fazenda Pública da capital paulista.
O autor da ação popular alegou que o edital de concorrência contém vícios inadmissíveis para uma licitação desse porte e que põe em risco o interesse público, em especial o erário e o paisagismo do município, além de restringir o caráter competitivo da competição.
O juiz Adriano Marcos Laroca entendeu como "razoável" o acolhimento do pedido liminar para suspender a licitação, em especial a abertura de todos os envelopes, para se evitar potencial dano ao patrimônio público, ainda mais considerando que isso não importará em qualquer prejuízo à Administração Pública, até porque a presente ação demorou longos anos para se concretizar, por razões desconhecidas.
Em março, a Prefeitura publicou, no Diário Oficial do Município, consultas públicas para abertura de concorrência para escolher as concessionárias que nos próximos 25 anos serão responsáveis pela construção e manutenção dos abrigos de ônibus e relógios de rua na cidade.
As empresas ou consórcios de empresas que vencerem as licitações terão de pagar pela concessão um valor mínimo de R$ 200 milhões, no caso dos pontos de ônibus, e de R$ 150 milhões, no caso dos relógios de rua. Em troca, poderão utilizar os espaços dos pontos de ônibus e relógios de rua para explorar publicidade exterior na medida em que instalarem e se encarregarem da manutenção desses equipamentos. Elas também terão prazo mínimo de três anos para concretizar a mudança do mobiliário urbano.
A expectativa do prefeito Gilberto Kassab, quando do lançamento do edital, era de que as licitações fossem concluídas no segundo semestre e as vencedoras da licitação comecem a trabalhar em 2013.
A Lei Cidade Limpa proibiu a veiculação de qualquer tipo de publicidade nesses equipamentos. Agora, com a licitação, a administração paulistana quer substituir todos os equipamentos existentes e promover sua padronização.
A SPObras, responsável pela escolha da empresa, exige que os novos equipamentos ofereçam informações de horário, temperatura e qualidade do ar, divulgação de mensagens e campanhas da Prefeitura de São Paulo, possibilidade de inovações tecnológicas e valorização da paisagem urbana.
Segundo a Prefeitura, a cidade de São Paulo possui atualmente cerca de 6.500 abrigos em parada de ônibus, de 14 tipos diferentes, e aproximadamente 11.500 pontos e totens indicativos de parada de ônibus, de vários tipos.
FONTE: Brasil 247
Foto: reprodução

“Pesquisas cristalizam vontade de mudança do eleitor em SP”, afirma Haddad durante caminhada no entorno do Hospital das Clínicas.




O candidato do PT à prefeitura de São Paulo Fernando Haddad afirmou hoje (24) que as últimas pesquisas de intenção de voto têm “cristalizado a vontade de mudança do eleitorado na cidade”, e destacou a importância de investimentos na saúde no município. As declarações foram feitas durante caminhada no entorno do Hospital das Clínicas, no bairro de Pinheiros, Zona Oeste.
A atividade reuniu militantes do PT e partidos aliados e foi uma caminhada silenciosa no entorno do complexo hospitalar na avenida Enéas de Carvalho Aguiar. Haddad conversou com profissionais do HC e pacientes, e ouviu queixas sobre a saúde pública em São Paulo.
Haddad ouviu a reclamação da aposentada Maria de Lourdes da Silva, de 74 anos que há tempos vem tentando atendimento fisioterápico na rede municipal.
Segundo Haddad, a principal bandeira de campanha da atual gestão era dar a garantia de um bom atendimento. “A saúde pública em São Paulo tem o pior desempenho dos últimos anos 10 anos. Isso demonstra claramente que o paulistano quer mudanças”, afirmou o petista.
Acesse o site www.pensenovotv.com.br e acompanhe a candidatura de Fernando Haddad.
Para fotos acesse www.flickr.com/fernandohaddad13.

Secretário de Segurança Pública admite escalada da violência em São Paulo


Segundo o secretário de Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto, a criminalidade está crescendo na capital
Agência Estado | 24/07/2012

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, admitiu ontem, pela primeira vez, que a criminalidade está crescendo na capital. A afirmação foi dada durante apresentação dos novos soldados que deverão atuar no patrulhamento de Guarulhos e região, ao comentar o assassinato do italiano Tomasso Lotto, de 26 anos, na tarde de sábado na Avenida 9 de Julho, em São Paulo.
"Esses roubos praticados por ladrões de motocicleta têm mais agilidade, mobilidade. É um a mais que ocorre na capital. A gente lamenta, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e o Deic (Departamento de Investigação sobre Crime Organizado) estão fazendo todas as investigações no sentido de elucidar esse crime. Mas isso ocorre lá (no Itaim-Bibi), ocorre na Cidade Tiradentes, em Itaquera, no Jardim Ângela. Lamentavelmente, é a escalada da violência."
Ferreira Pinto disse ainda que o aumento de confrontos e mortes de suspeitos está diretamente ligado ao aumento da violência. Mesmo assim, garantiu que a letalidade é controlada periodicamente pela polícia. A discussão ressurgiu na semana passada, após a morte do publicitário Ricardo Prudente de Aquino pela Força Tática.
"Nós tivemos condições de aumentar o efetivo da polícia, de ter uma comunicação mais rápida e a possibilidade de a polícia chegar logo após a ocorrência ou enquanto ela está acontecendo. Em razão disso, o confronto é inevitável." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Mobilidade urbana não é prioridade de Kassab


Levantamento mostra que o prefeito Gilberto Kassab cumpriu apenas 16% das metas de mobilidade urbana para a cidade.
Por Daniele Lopes - Portal Linha Direta
Segunda-feira, 23 de julho de 2012

O prazo para o cumprimento do plano de metas da Prefeitura de São Paulo para 2012 está terminando e até agora nem metade dos projetos foi executado pela atual gestão.
Segundo reportagem de hoje (23) do jornal Folha de S. Paulo, o prefeito Gilberto Kassab cumpriu apenas 16% das metas de mobilidade urbana para a cidade.

A delonga se dá em diversos segmentos da mobilidade, o principal deles é o atraso na construção dos 66 quilômetros de corredores de ônibus - ação iniciada na gestão da prefeita petista Marta Suplicy, que se tornou promessa de campanha dos demo-tucanos e, atualmente, dos membros do PSD. Menos de 50% das obras foram entregues, afetando ligações com municípios vizinhos.

Especialistas apontam que a falta de planejamento e erros de gestão agravam a situação da mobilidade urbana em São Paulo. Para Adalberto Maluf, especialista em transportes da Fundação Clinton ouvido pela reportagem, um dos erros de Kassab, foi trocar o projeto de muitos corredores por outros, que preveem monotrilhos. “O corredor da Avenida Celso Garcia (zona leste), que estava na lista inicial dos corredores de ônibus, é um desses casos. O mesmo vale para o corredor da M´Boi Mirim (zona sul)", aponta o especialista.

A Prefeitura diz que vai cumprir toda a meta até o fim de 2012. Resta ao paulistano aguardar para conferir se, em cinco meses, serão feitas as obras prometidas há tanto tempo.

Fernando Haddad propõe secretaria para Mulheres em São Paulo




Candidato do PT à Prefeitura participou de ato com a presença de centenas de mulheres

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, propôs na tarde deste sábado (21) a criação de uma secretaria especial para Direitos das Mulheres, durante ato de mulheres organizados pelos partidos da coligação que apoiam sua candidatura. Haddad apontou que no diagnóstico que está sendo feito pelo PT dos problemas da cidade, a violência contra a mulher e as desigualdades de gênero são grandes problemas identificados em diferentes regiões.

“Esses problemas são relatados em todas os bairros que temos visitado”, afirmou o petista. “Além da questão da violência e da desigualdade de gênero que as mulheres enfrentam, o que fica muito claro é a ausência de uma política pública em São Paulo”, completou. A proposta de criação da secretaria foi elogiada por militantes de setoriais de mulheres do PT e partidos aliados.

O ato teve a participação da vice Nádia Campeão, a mulher de Haddad, Ana Estela Haddad, a ministra Eleonora Menicucci, da secretaria de Políticas para Mulheres do Governo Federal e o senador Eduardo Suplicy.

Haddad participa de encontro com ativistas digitais




O candidato reafirmou seu compromisso por uma cidade digital, inclusiva e aberta.

Na noite dessa sexta-feira (20), o candidato a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) participou de um encontro com militantes, simpatizantes e apoiadores que atuam nas redes sociais. O debate foi em torno da campanha do petista na internet, além da oportunidade para fortalecer a articulação em rede para resolver os problemas da cidade.

“A campanha nas redes ajuda a democratizar a política, é isso que vamos fazer com a ajuda de todas essas ferramentas digitais e vamos vencer a eleição. Nós temos a melhor proposta para São Paulo. Nós temos Dilma e Lula. Está é uma campanha pró-São Paulo”, disse.

Durante o debate, um dos ativistas digitais que compôs a mesa, Sergio Amadeu, apresentou uma pesquisa em que mostra uma grande rejeição de Serra nas redes sociais. “A rejeição do Serra é nas redes e nas ruas, haja vista o retrocesso na cidade causado pela gestão Serra/Kassab”, apontou

O coordenador do núcleo Militância em Ambientes Virtuais (MAV) do PT, Adolfo Pinheiro, ressaltou a importância da percepção do Partido em considerar as redes sociais e os militantes que atuam nesses espaços, um grande campo horizontal onde o candidato pode difundir seu pensamento. “O petista deve tirar proveito das redes sociais, partindo do princípio de que são poucas as oportunidades de utilizar os meios de comunicação tradicionais, de forma a difundir seus pensamentos e levar seu conteúdo para onde a militância, que de porta em porta, não cosiga adentrar”, ressaltou.

Diretrizes e estratégias para a campanha de Haddad nas redes foram apontadas durante todo o debate. Nádia Campeão, vice de Haddad, também participou do encontro. A campanha petista nas redes tem apoio de membros dos movimentos da blogosfera, da cultura digital e do software livre. Além da página no Facebook (https://www.facebook.com/fernandohaddad13) e no Twitter (@PensenovoTV), Haddad também lançou seu site de campanha - http://pensenovotv.com.br/ .

Fonte: Linha direta PT.

São Paulo terá 31 Universidades Abertas, diz Fernando Haddad

Fernando Haddad, candidato a prefeito do PT à prefeitura de São Paulo (Foto: Paulo Pinto)



Candidato do PT à prefeitura paulistana garantiu a criação do programa Universidade Aberta do Brasil implementado por ele durante sua gestão no MEC


O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse neste domingo (29) que, se eleito, implementará o programa Universidade Aberta em toda a capital paulista.
“Vamos fazer 31 Universidades Abertas, uma por subprefeitura, para o professor poder continuar seus estudos mesmo depois de formado”, disse o candidato, em referência ao programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), implementado por Haddad durante sua gestão no Ministério da Educação (2005-2012).
As universidades abertas são pólos de educação para a formação continuada de professores que já atuam na educação básica mas não têm ensino superior e também para aqueles que já se graduaram. Alem disso, o programa oferece cursos para gestores e outros profissionais da rede pública de educação básica.
Ainda na manhã deste domingo, Haddad participou de sua segunda carreata de campanha,  em um trajeto que percorreu os bairros de Itaquera, Guaianases e Cidade Tiradentes.
Mais tarde, o candidato encontrou centenas de apoiadores na festa do Dia do Motorista organizada pelo Sindicato dos Condutores no CMTC Clube, no bairro da Ponte Pequena.
Acesse o site www.pensenovotv.com.br e acompanhe a candidatura de Fernando Haddad.
(Site DM-PT/SP)

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Marinho prevê 'piscinão' no Paço


O prefeito de São Bernardo e candidato à reeleição, Luiz Marinho (PT), disse ontem, durante uma caminhada no centro comercial da Marechal Deodoro, que, caso reeleito, será construído um piscinão no entorno do Paço. O petista também explicou aos comerciantes que os trabalhos de combate às enchentes também projetam obras de drenagem na área central do município.

Em seu discurso, Marinho disse que o seu governo deu uma repaginada na praça da Matriz e que está com projeto para o alargamento das calçadas aqui da Marechal. "É preciso dar uma atenção especial para este importante centro comercial que, no Brasil, fica atrás apenas da rua 25 de Março, em São Paulo”, destacou.


Fonte: com informações do Diário de S. Paulo

sábado, 28 de julho de 2012

Livros escolares viram papéis picados em São Paulo e PT solicita providências à Justiça


Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), ligada ao governo do Estado, picou toneladas de apostilas que estavam estocadas em galpões

A FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), ligada à Secretaria Estadual da Educação, destruiu toneladas de apostilas novas, conhecidas como caderno do aluno. O material seria destinado a estudantes do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio. A denúncia está em destaque na edição desta quinta-feira (19/7) no jornal Diário de S. Paulo. 

Na segunda quinzena de junho, o líder da Bancada do PT, deputado Alencar Santana, já havia protocolado representação no Ministério Público Estadual (leia abaixo em anexo) para que fosse apurada a possível ilegalidade, inconstitucionalidade e improbidade na conduta de José Bernardo Ortiz, presidente da FDE, sobre o mesmo caso.

O parlamentar petista recebeu denúncia no gabinete da liderança do PT da prática de ilegalidades por parte do presidente da FDE, com a aquisição de apostilas em quantidade acima da necessária para atender os alunos matriculados, que foram pagas e descartadas sem que tivessem sido utilizadas, gerando um prejuízo ao erário estadual de R$ 130 milhões.

Para o líder do PT, “a diferença, a maior, entre o número de alunos matriculados e a quantidade de cadernos adquiridos, demonstra a falta de zelo com o dinheiro público, por parte dos gestores da FDE cujo dever é cuidar para sua adequada aplicação, sempre pautados pelo interesse público”.

Também no último dia 3 de julho, o Ministério Público Estadual acatou representação de autoria da Bancada do PT, em outra denúncia de irregularidades em licitação da FDE, ocorrida em 2011, para compra de mochilas escolares, distribuídas aos estudantes da rede pública estadual. Segundo denúncia, as empresas vencedoras do pregão eletrônico (36/00499/11/05) já eram conhecidas em 3 de agosto de 2011, data anterior a licitação realizada em 16 de setembro, além de evidências de superfaturamento.

Leia, abaixo, reportagem publicada pelo jornal Diário de S. Paulo

Livros escolares viram papéis picados

A FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), ligada à Secretaria Estadual da Educação e dona de um orçamento de R$ 3,2 bilhões por ano, destruiu toneladas de apostilas novas, conhecidas como caderno do aluno. O material seria destinado a estudantes do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio.

Os livros, estocados em três galpões alugados pela fundação em Louveira, no interior, e em Jandira, na Grande São Paulo, teriam sido comprados em excesso. O DIÁRIO teve acesso a fotos que mostram a estocagem dos kits em galpões lotados, um caminhão sendo carregado com o material escolar e seguindo, escoltado por uma viatura oficial, até a empresa de aparas de papel Scrap, onde foi transformado em sucata para reciclagem.

O descarte ocorreu entre 2 e 13 de maio do ano passado. Os galpões foram alugados das empresas TCI Logística e Tzar Transportes. Na época, inúmeras denúncias de descarte de lotes de livros didáticos – novos e sem queixa de roubo – pipocaram em diversos pontos do estado, mas a polícia nada comprovou.

O presidente da fundação é o ex-prefeito de Taubaté, José Bernardo Ortiz, que responde a processos por improbidade administrativa. Recentemente ele foi condenado em um deles. Ortiz assumiu o cargo em janeiro de 2011. Em nota, a FDE afirma que se trata de material inservível, devolvido por alunos após o uso. Ainda segundo a nota, os cadernos estavam ocupando espaço nas escolas. “Todo material é recolhido pela FDE e encaminhado para triagem, na qual são separados os cadernos que podem ser reaproveitados e os que devem ser enviados para reciclagem. Nos galpões ficam apenas os cadernos usados”, diz.

Os kits caderno do aluno são impressos a cada bimestre e entregues nas escolas. A quantidade, segundo a fundação, é definida de acordo com o número de alunos matriculados na rede e inclui reserva de 1% destinada às diretorias regionais de ensino. A FDE afirma que, caso sobrem, os exemplares novos são descontados da compra posterior. A fundação, porém, não explica como em 2011 adquiriu 4 milhões de exemplares a mais do que em 2010.

A FDE afirma que a destinação do material escolar se dá em forma de compensação. “A FDE não recebe nada pelo material, mas também não paga nada à empresa pela destinação.” No entanto, não apresenta planilha comprovando a compensação e admite que, para ela, é oneroso manter cadernos estocados. Pessoas ligadas à FDE dizem que só pelo primeiro descarte a Scrap teria pago R$ 45 mil a um de seus representantes.

Um decreto de maio de 1987, assinado pelo então governador Orestes Quércia, diz que todo material inservível do Estado será encaminhado para o Fundo de Solidariedade Social, mas a FDE afirma que o custo com o transporte e processamento seria maior do que o lucro do fundo, apesar de não ter consultado o órgão, segundo a denúncia.