Sabatinado por comissão de funcionários concursados da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), o candidato a prefeito Donisete Braga (PT) revelou que, se eleito em outubro, nomeará servidores de carreira para ocupar cargos de direção na autarquia. A preocupação é a de retomar a credibilidade do departamento, desgastada após sucessivas gestões de políticos.
A direção da Sama é formada pela superintendência e três diretorias (Administrativa e Financeira, Planejamento e Obras, e Manutenção e Abastecimento). Atualmente, todas são ocupadas por aliados de Diniz Lopes (PR), que deixou o comando da autarquia em abril para se candidatar a prefeito.
"Vou equilibrar a direção, colocando nela os melhores funcionários efetivos. Quero ter os melhores técnicos. Não vou dar sopa para o azar", argumentou Donisete.
Nos últimos anos, a Sama foi comandada somente por políticos, e se tornou objeto precioso de barganha em período eleitoral. Além de Diniz, Carlos Tomaz (presidente municipal do PSB), José Carlos Orosco Júnior (comandante do PMDB local), o ex-prefeiturável Chiquinho do Zaíra (PTdoB) e o vereador Alberto Betão Pereira Justino (PTdoB) passaram pela superintendência.
Na reunião, Donisete Braga defendeu a criação de uma gestão compartilhada com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) pela gerência da água e do esgoto de Mauá. "É o único modelo viável e tanto a Sabesp quanto a Prefeitura têm interesse nele", discorreu. "Pode agregar valor econômico e atribuições, como o saneamento ambiental (coleta de lixo)", vislumbrou, projetando o fortalecimento da Sama.
O candidato do PT ouviu reclamações quanto ao papel limitado da Sama desde que o esgotamento sanitário foi terceirizado, em 2003. Atualmente o serviço é controlado pela Foz do Brasil, responsável pela construção da Estação de Tratamento de Esgoto, prevista para ser finalizada no fim de 2014.
Fonte: com informações do Diário do Grande ABC
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