O Plenário da Câmara dos Deputados retomou no último dia 22 a apreciação da PEC 438/2001, conhecida como PEC do Trabalho Escravo, que torna passíveis de expropriação as terras onde forem encontrados trabalhadores em situação análoga ao trabalho escravo, destinando-as à reforma agrária.
O deputado federal Jilmar Tatto orientou o voto favorável da bancada petista à proposta. “A sociedade brasileira está olhando atentamente este Plenário no dia de hoje, e também o mundo todo, que não entende porque um assunto desta envergadura, que trata do trabalho escravo, tem dificuldade de ser votado nesta Casa”, disse o parlamentar.
Mais adiante, como líder do PT, Jilmar defendeu a aprovação da PEC, argumentando que o Brasil precisaria dar um passo à frente no processo histórico da construção do Brasil e essa decisão estava nas mãos dos nobres deputados que ali se encontravam. Tatto dirigiu seu apelo incisivamente ao PTB que, desde a época de Getúlio Vargas, ajudou a trazer importantes conquistas aos trabalhadores do Brasil, para que não se furtasse de figurar entre aqueles que colaboraram para a aprovação da proposta em votação.
Após cerca de duas horas de discussão, a PEC 438/2011 foi aprovada nesta noite, em segundo turno, na Câmara dos Deputados, obtendo 360 votos a seu favor, 29 contra e 25 abstenções. A matéria ainda segue para o Senado.
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