Na quarta-feira (30), em Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou no V Fórum Ministerial de Desenvolvimento para ministros e representantes de 30 nações da América Latina e da África. Na ocasião, ele afirmou que até 2015 o Brasil cumprirá todas as metas do milênio, incluindo a redução de 50% da miséria.
O Brasil foi escolhido como sede da quinta edição do fórum em razão da visibilidade mundial alcançada pelos seus principais programas, como Bolsa Família, PAC, Plano Brasil Sem Miséria, Minha Casa, Minha Vida, e pelo protagonismo na cooperação técnica em políticas sociais.
Lula apresentou a experiência brasileira no combate à fome e à pobreza e afirmou que a opção por uma política de crescimento com inclusão social mostrou-se acertada. “Não só é possível reduzir a fome e a miséria, como esse é um benefício que se estende para toda a sociedade. Cuidar dos mais pobres é a política pública mais barata e de maior retorno para o desenvolvimento de um país”, disse.
Segundo Lula o cuidado com os mais pobres impulsionou a economia de baixo para cima. “Quando o governo lançou o Programa Luz para Todos muitos nos criticaram porque resolvemos dar luz para os pobres. Depois, olhamos as estatísticas e vimos que 80% dessas pessoas compraram uma televisão, 79% compraram geladeira. Ou seja, movimentaram a economia”, exemplificou.
Para ele, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi fundamental para que hoje vivêssemos esse cenário. “O PAC é uma carteira de projetos de investimentos em infraestrutura fundamentais para eliminar os gargalos e aproveitar as oportunidades criadas pelo aumento do mercado interno”, ressaltou. O ex-presidente ainda lembrou que, espelhado no modelo brasileiro, países do continente africano criaram o PIDA. “É um conjunto de iniciativas para aumentar a integração física, o acesso à energia e o comércio interno no continente, que vive um forte crescimento econômico, e que, eu espero, traga melhores condições de vida para os povos da África”.
Lula defende que os países desenvolvidos precisam entender que o desenvolvimento das regiões mais pobres, com agricultura e indústrias. Esta pode ser a solução para alimentar o planeta e movê-lo a energia limpa, no momento em que se prevê dificuldades futuras para alimentar todas as bocas do mundo. “Vamos, juntos, lutar por um mundo em que o futuro da humanidade esteja baseado na garantia dos direitos de cada um dos seres que habita o planeta Terra”.
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